sábado, 3 de dezembro de 2011

O certo


Às vezes, fico pensando como seria o mundo, se cada um tivesse que definir por si próprio o que é certo ou errado, bom ou ruim. Se não tivéssemos molduras, de não fossemos adestrados para nos adequar, o que seríamos? Como seria esta espécie de animais, os humanos, "in natura"?
Realmente, não sei dizer. Não faço a menor idéia de como seria. Só de uma coisa tenho convicção: agiríamos do modo correto. Não pode haver nada de mais adequado neste mundo, do que ser quem a gente é. Sem convenções, sem regras, sem culpas, sem jogos.



 Viveríamos conforme a única lei na qual ainda sinto justiça: a de causa e efeito. Porque também acredito que somos o que fazemos – é, não acho que neste mundo real houvesse lugar para Freud e suas causas inconscientes de fatos psíquicos, nele só haveria lugar para Sartre – e podemos ter paz, desde que consigamos lidar com nossas ações e/ou com as conseqüências delas advindas.
Portanto, atentem, conto de fadas não teriam lugar ali, logo nada de finais felizes para sempre. Como lhe é inerente, a liberdade teria seu ônus: a responsabilidade. Sem nada do que nos limita, também viveríamos sem a máscara que nos protege.